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Sem Lan houses, a inclusão digital falha no Brasil

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02122010

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A 1ª edição da pesquisa TIC Lan Houses 2010, conduzida pelo Cetic.br, e divulgada nesta quarta-feira, 01/12, comprova que boa parte dos acessos à Internet no país ainda acontece pelos estabelecimentos, especialmente, nas áreas de menor poder econômico, mesmo sendo superada pelos acessos feitos pelos domícilios. Também ratifica que a maior parte das lan houses é informal e precisa encontrar novos meios de sustentabilidade financeira.

"Não há dúvida que as lan houses têm um papel significativo ainda no projeto de inclusão digital no Brasil. Elas são, muitas vezes, o único local de acesso à rede da população. No Nordeste e no Norte, onde as ofertas de banda larga são menores, essa realidade é ainda mais percebida. Muitos vão para acessar à Internet, mas para fazer serviços, uma opção importante para sustentar os negócios com a disseminação dos acessos previstos pelo Programa Nacional de Banda Larga", observa Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

O levantamento reuniu 412 estabelecimentos em 120 municípios em todo o Brasil. O estudo comprovou que, hoje, o acesso à Internet em casa superou os acessos feitos pelos estabelecimentos, mas também ratificou que as lan houses são relevantes para a inclusão digital e social. "O Brasil é desigual. Em muitos lugares, a lan house é essencial.É o único local de acesso à Internet", observa Barbosa.

Das lan houses pesquisadas, 80% declararam ser um negócio familiar, e em sua maioria absoluta (97%) declararam ter até três funcionários. Quase a metade, 49%, disseram ser um estabelecimento com algum grau de formalidade.

Os estabelecimentos que oferecem produtos e serviços complementares somaram 44% dos pesquisados, ação que comprova a necessidade de reiventar o negócio - não ficar apenas dependente do acesso à Internet. Comércio de informática, assistência técnica de computadores, papelaria e lanchonete são algumas das atividades oferecidas. Expectativa é que essas casas, observa Barbosa, possam vir a ser instrumentos de governo eletrônico - ainda pouco utilizado pela população - por desconhecimento e/ou precariedade dos serviços.

Um fator relevante, tanto para o negócio da Lan house quanto para o cliente, é a diversidade de serviços oferecidos com valor adicionado, além do acesso à Internet. Dentre eles, destacam-se jogos e aplicativos de comunicação (Skype, MSN etc), serviços de cópia e impressão, cursos de informática e Internet, além de serviços de conveniência, como recarga de celular.

Uma parcela considerável, 46%, disponibiliza entre seis e dez computadores aos seus clientes. Outros 22% possuem entre um e cinco equipamentos, e apenas 32% das Lanhouses possuem dez ou mais computadores para acesso dos usuários.

Os dados sobre velocidade de conexão revelaram que as Lanhouses aproximam-se mais de um perfil de conexão domiciliar do que propriamente de um negócio empresarial: 23% das Lanhouses oferecem velocidades entre 256 Kbps e 1Mbps; 32%, entre 1 Mbps e 2 Mbps; 12%, entre 2 Mbps e 4 Mbps; e apenas 25% oferecem velocidades maiores de 4 Mbps.

"Essa é a realidade do Brasil. As velocidades em casa são ainda menores ( a maioria tem acesso abaixo de 256Kbps) e as lan houses aparecem como lugares de conexões mais velozes", salienta Barbosa.

No dia-a-dia, ficou constatado que mais de 90% das Lan houses oferecem o sistema Microsoft Windows nas estações de PC’s. O sistema Linux/Ubuntu foi citado por 9% dos estabelecimentos e apenas 3% reportaram a disponibilidade do sistema operacional Macintosh/Mac OS.

A maioria das Lan houses está em funcionamento há até dois anos, período crítico do ciclo de vida do negócio, e carecem de auxílio e incentivos para que sejam viáveis economicamente no médio e longo prazo. Pelos dados, 31% das Lan houses pesquisadas funcionam há menos de um ano, enquanto outros 27% funcionam entre um e dois anos.

Quanto ao perfil dos gestores das Lan house, a pesquisa revela que a maioria das Lanhouses é gerida por homens (74% dos entrevistados são do sexo masculino, contra 26% feminino). Por classe social, predomina a classe C (54%), contra 42% das classes A e B.


Fonte: Convergência Digital
Alexandre
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