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Lan house tem papel social na periferia

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05042010

Mensagem 

Lan house tem papel social na periferia Empty Lan house tem papel social na periferia




Tese de mestrado mostra que população de bairros classes D e E utiliza espaço para adquirir informação, não apenas para entretenimento


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Espaços geralmente têm estrutura modesta, com máquinas antigas.
Pesquisador sugere programa de incentivo


Inclusão digital. Este é um dos papéis que as lan houses cumprem na periferia de Cuiabá. Uma pesquisa científica de quase dois anos mostra que o interesse dos frequentadores de lan houses vai além da diversão, como os jogos em rede. Eles querem acesso à informação e a novas culturas.


A tese é do publicitário Lawrenberg Advincula da Silva, que fez um mapeamento das lan houses localizadas na Grande CPA e no Pedra 90. O estudo, que se transformou numa tese de mestrado, aponta 82 lan houses cadastradas em guias oficias da Capital e cerca de 450 em condição informal, como aquelas que funcionam dentro de lojas, armazéns, sorveterias, entre outros.


Das lan houses cadastradas, metade delas está em áreas periféricas. “O computador não é mais usado só por quem tem boas condições financeiras. Pessoas das classes D e E também estão tendo acesso por meio das lan houses”, afirma o publicitário, que propõe um novo olhar sobre estes espaços que, segundo ele, atrai estudantes e adolescentes, mas também trabalhadores que buscam experiências que vão além da vivência local. Conforme o pesquisador, a faixa etária dos frequentadores de lan houses varia entre 12 e 25 anos.


Em uma das lan houses do bairro Carumbé, em Cuiabá, dos 15 computadores em funcionamento, somente cinco contam com jogos. “As pessoas querem mesmo é ficar na internet”, informa o gerente Rhoney Camargo.


O soldado Rafael Lins, de 19 anos, é uma dessas pessoas que frequentam lan houses para fazer pesquisas. Sem acesso a computador em casa e no trabalho, é no “cyber” que ele entra em contato com o mundo virtual. “Aproveito as horas vagas para pesquisar coisas do meu interesse, como trabalho de escola, e procurar músicas”, declara o jovem. Já o adolescente Cleverson Júnior do Espírito Santo, de 17 anos, confessa que é frequentador assíduo de lan houses. “Gosto de navegar nos sites de relacionamento, como Orkut e MSN”, diz. Ele chega a passar três horas
seguidas na frente do computador.


‘PONTÊNCIA’ - A estrutura física desses espaços pesquisados também chama a atenção. Diferente das lan houses da região central, aquelas localizadas na periferia possuem computadores mais antigos, muitas vezes, com um sistema de rede improvisado, e são gerenciadas por pessoas da mesma família, como fonte de renda alternativa.


Para melhorar essa estrutura e aumentar o acesso à internet, Lawrenberg da Silva propõe a criação de políticas públicas, como incentivos de microcréditos, por parte do poder público. “É claro que estas empresas visam lucro, mas uma parceria entre o setor público e a iniciativa privada pode oferecer mais condição de entrada das pessoas de classe baixa à globalidade tecnológica e à sociedade em rede, ou seja, à internet”, sugere.


O autor da tese acredita que as lan houses são importantes no processo de informatização das pessoas de baixa renda. “Existe uma população que, muitas vezes, não conta, por exemplo, com saneamento básico, mas que tem acesso ao computador. Essa é a intenção do trabalho, quebrar conceitos que de as lan houses são apenas locais de jogos”.


Fonte: Diário de Cuiabá
Alexandre
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