Há bem pouco tempo, as casas lotéricas eram lugares onde se faziam apenas apostas de loterias e com o passar dos anos, estes estabelecimentos começaram a oferecer à população outros serviços como o pagamento de contas, por exemplo. Processo parecido acontece novamente em todo o Brasil, só que desta vez são as lan houses, espaços inicialmente criados para acesso à internet com fins de entretenimento e dominados por jovens e crianças, que começam a funcionar de maneira diferenciada. Com a popularização da internet em todo o Brasil, as lan houses começam a ofertar outros serviços para à comunidade como forma de garantir a sua sobrevivência no mercado.

A proposta veio a partir de um social game promovido nacionalmente pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), o Desafio Lan SEBRAE, que visa fazer desses empreendimentos pontos de acesso a produtos e serviços SEBRAE, além de incentivar a formalização de lan houses de uma forma lúdica, possibilitando que empresas e organizações participantes desenvolvam relacionamento com as lan houses, apadrinhando-as e apoiando a diversificação de serviços oferecidos e ampliando as formas de geração de receita destes empreendimentos.

Uma das propostas do SEBRAE no universo que envolve o Desafio Lan é que as lan houses deixem de ser apenas um lugar para entretenimento e se tornem um centro de serviços para a população oferecendo, por exemplo, cursos on-line, emissão de boletos bancários, recarga para celular entre outros serviços.

Duas lan houses paraenses estão entre as primeiras vencedoras do Desafio Lan Sebrae, uma delas foi a primeira a vencer o desafio em nível nacional. Daniele Monteiro, proprietária da lan house recebe nesta sexta (16), das mãos do presidente nacional do Sebrae, Paulo Okamoto, e da diretora-superintendente do Sebrae no Pará, Cleide Tavares, o primeiro selo de identificação concedido pelo game. A partir de agora ela não só será apenas um ponto de acesso a produtos e serviços do Sebrae reconhecido pela instituição, mas uma referência dentro da sua própria comunidade. “Agora vou informar a minha comunidade, através de panfletos e faixas, que o Sebrae está presente aqui e, ter a marca do Sebrae associada ao meu negócio, certamente trará mais confiança da comunidade no meu trabalho”, avalia Daniele que já trabalhou nove anos como analistas de sistemas de uma multinacional e há cinco anos resolveu abrir o seu próprio negócio.

Diariamente, passam pela lan house cerca de 40 pessoas que não procuram mais somente jogos. “Procurei oferecer outros serviços como emissão de boletos bancários, antecedentes criminais e já procuro parcerias para disponibilizar cursos e estudo on-line para o Enem”, declara a empresária.

Até o momento, as duas lan houses paraenses são as únicas vencedoras da região Norte. As inscrições ainda estão abertas e o jogo continua até setembro, quando o Sebrae pretende ter 400 pontos virtuais em todo o país. Para completar o desafio é preciso cumprir as 12 atividades e acumular 2.300 pontos.


Fonte: Diário do Pará