Banda larga brasileira está entre as piores do mundo
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15092008
Banda larga brasileira está entre as piores do mundo
Estudo apontou a qualidade da internet rápida do País como a 38.ª entre 42 países
A banda larga brasileira tem crescido rapidamente, mas a qualidade do serviço deixa muito a desejar. Um estudo feito pelas Universidades de Oxford e de Oviedo, sob encomenda da Cisco, analisou a qualidade da internet rápida em 42 países, e o Brasil ficou em 38º lugar, à frente somente de Chipre, México, China e Índia. Em primeiro lugar, ficou o Japão. A Cisco fabrica equipamentos de comunicação de dados.
"O Brasil está pior do que a gente gostaria", disse Pedro Ripper, presidente da Cisco do Brasil. O estudo teve como base o resultado de oito milhões de testes feitos pelo site Speedtest.net, que verifica a qualidade das conexões de banda larga para consumidores. O índice de qualidade de banda larga, criado para o estudo, leva em conta as velocidades de download (recebimento de dados), upload (envio de dados) e a latência (tempo que um pacote de dados leva da fonte ao seu destino). O estudo não levou em conta o preço da banda larga e a densidade de usuários.
O Brasil fez 13 pontos no índice, que vai de zero a 100. Segundo os pesquisadores, o país precisa ter, no mínimo 35 pontos, para que seus internautas possam fazer um uso adequado dos aplicativos que existem hoje na internet, como vídeos do YouTube, bate-papo com vídeo e troca de arquivos. "A qualidade média da banda larga brasileira está bem aquém do necessário para a web atual", disse Ripper. Alguns países desenvolvidos, como a Espanha, a Itália e o Reino Unido, também ficaram abaixo dos 35 pontos.
Para novos aplicativos da internet, como vídeo em alta definição, seriam necessários 75 pontos. Somente o Japão fez mais de 75 pontos. "Por ser o único país com qualidade adequada, talvez as novas aplicações venham de lá", acredita o presidente da Cisco. Os Estados Unidos não ficaram muito bem, no 16º lugar. "A qualidade da internet é um dos temas da campanha presidencial americana", apontou Ripper. Os americanos vêem a qualidade do acesso à internet como um dos pré-requisitos para continuarem liderando o mercado de tecnologia.
Se for levar em conta os chamados Brics, a Rússia foi a mais bem posicionada, em 17º lugar, logo depois dos EUA. O Brasil ficou à frente da Índia e da China. A surpresa da lista foram a boa colocação de países do Leste Europeu, como Letônia (4º), Lituânia (7º) e Eslovênia (10º).
A qualidade da banda larga depende da infra-estrutura das empresas. Existem vários pontos da rede onde podem haver gargalos, como a rede com tecnologia IP (sigla em inglês de protocolo da internet), a conexão de sua rede com outras empresas de internet e suas conexões internacionais. A maioria dos contratos de banda larga no Brasil garante somente 10% da velocidade contratada, e existem momentos em que o usuário não consegue nem isso.
Segundo Ripper, a melhora pode ser conseguida com clientes mais educados e mais maduros e com informações mais transparentes por parte dos provedores de serviço, o que pode ser conseguido por meio de regulamentação. "Recentemente, a Ofcom (agência reguladora de comunicações da Inglaterra) propôs uma lei para que os provedores de internet publiquem de maneira padronizada as informações sobre o acesso, como velocidade mínima, velocidade de pico, velocidade de download e upload."
A mostra brasileira incluiu quase 20 mil usuários aleatórios. Pode existir uma tendência de somente os internautas que acham a sua conexão ruim acessarem o Speedtest.net. Isso, no entanto, não distorceria a comparação internacional, porque serviria para todos os países.
Outro estudo apoiado pela Cisco, e conduzido pela consultoria IDC, apontou que a base de assinantes da banda larga no Brasil chegou a 10,04 milhões em junho, um aumento de 48% sobre o mesmo período de 2007. "Isso mostra só o aumento da densidade, não dá uma foto completa da situação da banda larga", disse Ripper.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodeh...mp240978,0.php
A banda larga brasileira tem crescido rapidamente, mas a qualidade do serviço deixa muito a desejar. Um estudo feito pelas Universidades de Oxford e de Oviedo, sob encomenda da Cisco, analisou a qualidade da internet rápida em 42 países, e o Brasil ficou em 38º lugar, à frente somente de Chipre, México, China e Índia. Em primeiro lugar, ficou o Japão. A Cisco fabrica equipamentos de comunicação de dados.
"O Brasil está pior do que a gente gostaria", disse Pedro Ripper, presidente da Cisco do Brasil. O estudo teve como base o resultado de oito milhões de testes feitos pelo site Speedtest.net, que verifica a qualidade das conexões de banda larga para consumidores. O índice de qualidade de banda larga, criado para o estudo, leva em conta as velocidades de download (recebimento de dados), upload (envio de dados) e a latência (tempo que um pacote de dados leva da fonte ao seu destino). O estudo não levou em conta o preço da banda larga e a densidade de usuários.
O Brasil fez 13 pontos no índice, que vai de zero a 100. Segundo os pesquisadores, o país precisa ter, no mínimo 35 pontos, para que seus internautas possam fazer um uso adequado dos aplicativos que existem hoje na internet, como vídeos do YouTube, bate-papo com vídeo e troca de arquivos. "A qualidade média da banda larga brasileira está bem aquém do necessário para a web atual", disse Ripper. Alguns países desenvolvidos, como a Espanha, a Itália e o Reino Unido, também ficaram abaixo dos 35 pontos.
Para novos aplicativos da internet, como vídeo em alta definição, seriam necessários 75 pontos. Somente o Japão fez mais de 75 pontos. "Por ser o único país com qualidade adequada, talvez as novas aplicações venham de lá", acredita o presidente da Cisco. Os Estados Unidos não ficaram muito bem, no 16º lugar. "A qualidade da internet é um dos temas da campanha presidencial americana", apontou Ripper. Os americanos vêem a qualidade do acesso à internet como um dos pré-requisitos para continuarem liderando o mercado de tecnologia.
Se for levar em conta os chamados Brics, a Rússia foi a mais bem posicionada, em 17º lugar, logo depois dos EUA. O Brasil ficou à frente da Índia e da China. A surpresa da lista foram a boa colocação de países do Leste Europeu, como Letônia (4º), Lituânia (7º) e Eslovênia (10º).
A qualidade da banda larga depende da infra-estrutura das empresas. Existem vários pontos da rede onde podem haver gargalos, como a rede com tecnologia IP (sigla em inglês de protocolo da internet), a conexão de sua rede com outras empresas de internet e suas conexões internacionais. A maioria dos contratos de banda larga no Brasil garante somente 10% da velocidade contratada, e existem momentos em que o usuário não consegue nem isso.
Segundo Ripper, a melhora pode ser conseguida com clientes mais educados e mais maduros e com informações mais transparentes por parte dos provedores de serviço, o que pode ser conseguido por meio de regulamentação. "Recentemente, a Ofcom (agência reguladora de comunicações da Inglaterra) propôs uma lei para que os provedores de internet publiquem de maneira padronizada as informações sobre o acesso, como velocidade mínima, velocidade de pico, velocidade de download e upload."
A mostra brasileira incluiu quase 20 mil usuários aleatórios. Pode existir uma tendência de somente os internautas que acham a sua conexão ruim acessarem o Speedtest.net. Isso, no entanto, não distorceria a comparação internacional, porque serviria para todos os países.
Outro estudo apoiado pela Cisco, e conduzido pela consultoria IDC, apontou que a base de assinantes da banda larga no Brasil chegou a 10,04 milhões em junho, um aumento de 48% sobre o mesmo período de 2007. "Isso mostra só o aumento da densidade, não dá uma foto completa da situação da banda larga", disse Ripper.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodeh...mp240978,0.php
Banda larga brasileira está entre as piores do mundo :: Comentários
Re: Banda larga brasileira está entre as piores do mundo
Artigos e estudos sobre tecnologia e aplicações para a internet como esta, mostra o quanto há de espaço para empreendimentos que promovem o acesso a internet em alta velocidade. Ao mesmo tempo que comemoramos o grande aumento de usuários brasileiros utilizando a internet e tecnologias no seu dia a dia, podemos ter maior noção da importância de atender a demanda do serviço para a internet.
As várias oportunidades que ainda estão vagas, são tão maiores que a fatia de pizza da mão de obra oferecida, que expõe muito a necessidade de conhecimento científico e tecnológico no nosso país. Quanto mais produzirmos (polêmico, mas verídico) estudantes e empreendedores que são agentes a favor da tecnologia e conhecimento avançado, maior será a nossa capacidade de evoluirmos em todos índices de qualidade de produção e vida frente ao nível mundial.
Os cybers e lan houses como agentes fornecedores de serviço público e promovedores de tecnologia e internet, devem ter a responsabilidade de trazer aos clientes e público interessado, uma visão de necessidade e melhoria social e cultural. Recursos muito maiores que a simples venda de horas de acesso aumenta o benefício dos clientes e lucro também de nossas lans.
Curti a matéria Alexandre!
Valeu!
As várias oportunidades que ainda estão vagas, são tão maiores que a fatia de pizza da mão de obra oferecida, que expõe muito a necessidade de conhecimento científico e tecnológico no nosso país. Quanto mais produzirmos (polêmico, mas verídico) estudantes e empreendedores que são agentes a favor da tecnologia e conhecimento avançado, maior será a nossa capacidade de evoluirmos em todos índices de qualidade de produção e vida frente ao nível mundial.
Os cybers e lan houses como agentes fornecedores de serviço público e promovedores de tecnologia e internet, devem ter a responsabilidade de trazer aos clientes e público interessado, uma visão de necessidade e melhoria social e cultural. Recursos muito maiores que a simples venda de horas de acesso aumenta o benefício dos clientes e lucro também de nossas lans.
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